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Controle de Pulgão

Os pulgões ou afídeos (Hemiptera, Aphididae) são insetos sugadores com 1,5 a 3,0 mm. Se multiplicam rapidamente e atacam diversas culturas. Vivem sobre a planta em colônias formadas por adultos com e sem asas e por ninfas de diferentes tamanhos. Desenvolvem-se e multiplicam-se melhor em temperaturas amenas (18 a 25º C) e em períodos mais secos, embora ocorra o ano todo.

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Figura 01 e 02 – Exemplo de afídeo e comunidade infestante de pulgões

Ocorrência

Os períodos onde os ataques são mais severos ocorrem, principalmente, na primavera e no verão. Nas hortas sobrevivem praticamente o ano todo, pois encontram refúgios em outras plantas ou migram facilmente para outros plantios. A ocorrência da espécie depende da cultura e do local, porém as mais comuns são:

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Imagem ilustrando três espécies de pulgões.
Figura 03 – Comunidade de pulgões se alimentando de seiva
Figura 04 – Espécies de pragas
A= Pulgão-da-aveia (Rhopalosiphum padi)_ 
B= Pulgão-verde-dos-cereais (Schizaphis graminum)
C= Pulgão-da-folha (Metopolophium dirhodum)

Danos

Pulgões tanto jovens (ninfas) quanto adultos alimentam-se da seiva das plantas, causando danos da emergência até a sua formação completa que podem ser ocasionados de forma direta através da sucção da seiva, que reduz o rendimento da área foliar pela diminuição do tamanho e número das folhas, além de causar seu encarquilhamento e amarelecimento.

Outros sérios problemas que os pulgões causam, indiretamente, são a transmissão de doenças às plantas, sendo vetores de inúmeras viroses. Outro dano indireto é o surgimento da fumagina, um fungo que se desenvolve nas folhas abaixo das colônias, alimentando-se da substância açucarada (hooneydeal) liberada de seus sifões.

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Imagem ilustrando os sintomas de fumagina na planta.
Figura 05- Sintomas de encarquilhamento das folhas devido a ação do pulgão
Figura 06- Sintomas de fumagina

Manejo

O manejo dos pulgões se inicia com o monitoramento da ocorrência da praga, observação da época do ano e uso de armadilhas para contagem de indivíduos alados.
A partir de uma bacia de cor amarela com água ou com a utilização de adesivos plásticos amarelos, é possível atrair e quantificar estes insetos.
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Figura 07- Armadilha para monitoramento de insetos

Controle químico

Em pequenas infestações e em hortas pode-se utilizar receitas caseiras: Ingredientes: – 500 ml de água – 2 colheres de sopa detergente – 1 colher de sopa de vinagre. 
Modo de preparo: colocar todos os ingredientes num recipiente pulverizador e depois misturá-los e aplicar. Dessa forma é possível controlar os insetos, mas o produto deve ser aplicado sobre os insetos e na planta toda. Deve ser usado no momento do preparo, pois se armazenado perde sua eficácia.

Controle químico

Em grandes infestações recomenda-se o uso de produtos inseticidas comerciais. Uma opção orgânica, é usar produtos à base Neem.
Os compostos a base de Neem são recomendados para a limpeza de áreas com pulgões, devido a sua ação inseticida e acaricida. Deve-se sempre seguir a bula e as dosagens recomendadas pelo fabricante.
Este tipo produto não é letal para a maioria dos predadores naturais dos pulgões, evitando assim o descontrole biológico no ecossistema.
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Figura 08- Planta Neem (Azadirachta indica)

Controle biológico

A joaninha no controle de pulgões é uma prática que está se tornando cada vez mais comum. Desde larva até adulta, elas predam até 200 pulgões por dia. As joaninhas medem de 1 a 10 milímetros. Os adultos, após o acasalamento, colocam os ovos agrupados, que darão origem a pequenas larvas. Tanto as larvas como os adultos se alimentam dos pulgões. Não se alimentam da praga durante o período de pupa, quando estão no casulo.

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Figura 09- Ciclo de vida das joaninhas (Coleoptera Coccinellidae)

Controle cultural

No Brasil, as biofábricas que produzem joaninhas, geralmente são em pequena escala, por isso não alcançam grandes produções. Desta forma, para fazer uso desses besouros na lavoura, o local deve ser atrativo. Isso inclui o cultivo de plantas companheiras que atraem joaninhas, como o alecrim, a cebolinha e o coentro. O alecrim, juntamente com a lavanda, são espécies repelentes de insetos praga.

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Figura 10- Espécies repelentes de insetos-praga. 

A= Lavandula sp

B= Salvia rosmarinus

C= Petroselinum crispum

D= Allium schoenoprasum

 

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