Os painéis de Campo Futuro, projeto da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Pecege Projetos, apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e sindicatos rurais, finalizaram, no início de agosto, os levantamentos de custos de produção de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Os técnicos e os produtores reunidos avaliaram os desafios que afetam o crescimento e a rentabilidade da atividade, para a safra 2024/25, nas regiões de Novo Horizonte, Penápolis e Morro Agudo.
Durante os encontros, foi possível observar uma diminuição do rendimento médio dos canaviais, em razão de problemas climáticos, como o déficit hídrico, pressionando os custos de produção. Outro dado constatado foi a previsão de um valor menor de fechamento de ATR (Açúcar Total Recuperável) nesta safra, em comparação com a anterior, afetando também os resultados.
“O levantamento presencial nos permite ter contato direto com os produtores para coletar suas demandas e preocupações com a safra sucroenergética paulista, mas, também, de apoiá-los com informações que são estratégicas para as suas tomada de decisões quanto ao gerenciamento de custos, otimização de investimentos e melhor gestão das propriedades”, afirmou Nelson Perez, Presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA e Coordenador da Comissão de Cana-de-Açúcar e Energia Renovável da Faesp.
Projeções e expectativas
Com projeção de resultados menores do que no último ciclo, cuja safra foi recorde e com vários fatores favoráveis, os números apurados deste ano, até o momento, não podem ser interpretados como negativos, pois o patamar de comparação é elevado. Em relação aos custos, os preços dos insumos em patamares mais estáveis estão sendo compensados pelo aumento na contratação de mão de obra, serviços mecanizados, óleo diesel e maquinários agrícolas.
De acordo com o presidente da Faesp, Tirso Meirelles, o trabalho técnico, participativo e que se transforma em números gera um importante sistema de informação de custos de produção e de mercado para a cana-de-açúcar. “A partir dessa exitosa parceria entre CNA, Faesp e sindicatos rurais, e que subsidia as nossas ações, nossos estudos e de instituições parceiras para defender propostas e políticas para o setor sucroenergético”, complementou.
Fonte: Revista Cultivar
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