Estudo aponta nova abordagem para combater a Ralstonia solanacearum, patógeno que afeta a produção de tomate e outras culturas da família Solanaceae no mundo. O trabalhou indica que consórcios de Pseudomonas spp. são eficazes na supressão do patógeno.
A pesquisa avaliou como cepas de Pseudomonas spp. conseguem suprimir o crescimento de Ralstonia solanacearum. Os sideróforos são moléculas que quelam ferro, tornando-o indisponível para outros organismos. Em condições de baixo ferro, a produção de sideróforos por Pseudomonas intensificou a supressão do patógeno, enquanto outros metabólitos antimicrobianos tiveram impacto limitado.
Os experimentos em casa de vegetação confirmaram a eficácia dos consórcios de Pseudomonas spp. em reduzir a incidência da murcha bacteriana em plantas de tomate. A competição por ferro mostrou-se determinante para a dinâmica das comunidades microbianas e para a supressão da doença.
Segundo Tianjie Yang, um dos autores do estudo, “nossas descobertas destacam a importância das interações microbianas mediadas pelo ferro. Ao engenhar consórcios microbianos otimizados para competir por ferro, podemos controlar de forma sustentável doenças transmitidas pelo solo”.
A pesquisa também destacou a limitação de outros metabólitos antimicrobianos em condições de ferro limitado. Isso reforça a relevância dos sideróforos como mecanismo de defesa.
No entanto, os cientistas enfatizam que os efeitos diretos e as interações mediadas pelos sideróforos entre bactérias benéficas também devem ser considerados na formulação de estratégias de biocontrole.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1093/hr/uhae186
Foto: Clemson University
Fonte:Revista Cultivar
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