Segundo o engenheiro agrônomo Rodrigo Campos, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Agronelli, essa rebrota pode mascarar um solo empobrecido, sem os nutrientes essenciais para uma produção sustentável.
“O fogo e a seca exauriram o solo, destruindo sua matéria orgânica e os microrganismos essenciais. Sem manejo adequado, o pasto pode parecer saudável, mas sua base está comprometida”, alerta.
Investimento inteligente no solo
Para Rodrigo, a solução começa com a análise de solo, seguida pela aplicação de gesso agrícola, fertilizante orgânico e bioestimulantes.
O gesso é crucial por conter cálcio e enxofre, ajudando a levar as raízes em profundidade, permitindo que o capim se mantenha vigoroso mesmo em períodos de estiagem.
Além disso, o fertilizante orgânico revitaliza o solo com microrganismos e matéria orgânica, enquanto os bioestimulantes aceleram a recuperação do pasto, promovendo crescimento radicular e maior produção de massa verde.
O custo de não corrigir o solo
Rodrigo compartilhou um exemplo de dois pecuaristas vizinhos: enquanto um corrigiu o solo com gesso e manteve seu pasto produtivo mesmo durante a seca, o outro viu seu pasto degradar e precisou vender o gado a preços baixos para evitar perdas maiores.
“Quem corrige o solo com antecedência tem vantagem competitiva. Não corrigir é caro e pode levar o pecuarista a prejuízos duplos: menos pasto e queda no preço do gado.”
Elaborado por: Fábio Moitinho
Fonte: Giro do Boi
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